

A PROVA DE QUE O MARKETING É A ALMA DO NEGÓCIO.
Cinquenta Tons de Cinza (Fifty Shades of Grey) é o filme onde um milionário conhece uma estudante de língua inglesa e eles se apaixonam, mas ela não conhecia o outro lado dele: o sadomasoquismo.


Cinquenta tons: de cinza, mais escuros e de liberdade. O primeiro já ultrapassou a marca de 100 milhões de livros vendidos e mais de 500 milhões de doláres no cinema. Os outros dois serão também filmes.
Em 2008, o fenômeno literário "Crepúsculo" atingiu os cinemas e conseguiu 192 milhões de doláres apenas nos EUA e totalizou mais de 300 milhões com os cinemas ao redor do mundo. Quase sete anos depois de seu lançamento, a mesma ideia romântica com sadomasoquismo embutido consegue 162 milhões apenas no EUA e mais de 500 milhões em seu total incluindo a bilheteria mundial. Isso, então, prova que a máxima "na natureza nada se cria, nada se perde: tudo se transforma" pode ser usada também no cinema.
No início do filme é mostrado Christian Grey (Jamie Dornan) se arrumando. Em seguida, Anastasia Steele (Dakota Johnson) divide um apartamento com sua amiga Kate (Eloise Mumford) que acaba por ficar doente e então Anastasia é quem vai entrevistar Christian Grey. Ao chegar em seu escritório de muitos (muitos e intermináveis) andares, ela o conhece e tudo muda. Com o tempo, Christian aparece do além (consegue encontrá-la como um passe de mágica) e os dois se tornam íntimos. O filme se desenrola de uma maneira leve e que não deixa o telespectador entediado.
Entretanto, após os dois saírem de uma cafeteria, há um diálogo que é dramaticamente exagerado e que, se fosse descartado, não faria falta alguma. A questão não foi a conversa em si, e sim como ela foi desenvolvida, mas logo é esquecida e o filme prossegue em um bom ritmo apesar de mais uma ou duas vezes o "diálogo dramaticamente exagerado" voltar a acontecer.
Algumas frases como "Anastasia, eu não faço amor. Eu fodo" causou o riso nas salas de cinema e felizmente não um constrangimento. Cinquenta tons é um filme que você assistindo com seus amigos não se sentirá constrangido de forma alguma. Além disso, a trilha sonora do filme é um ponto muito positivo: a cena em que Ana e Christian andam de helicóptero é marcada por "Love Me Like You Do" da Ellie Goulding e, apesar do filme ser observado como algo sexual, o romance "juvenil" misturado com as cenas quentes, que são 1/5 do filme, coloca 50 tons na medida certa: nem tão obsceno, nem tão jovem.
Contudo, as cenas quentes poderiam ser melhor exploradas. Houve uma cena intensa ao som de uma nova - e ótima - versão de Crazy In Love da Beyoncé (dessa vez sem seu marido Jay-Z) que realmente foi bem utilizada. Entretanto, houve outra cena dos dois em que aconteceu tão rápido que algo ficou faltando.
A minha cena favorita, de longe, foi quando Ana e Christian fizeram uma reunião particular onde ela elimina alguns pedidos de Grey caso ela aceitasse ser sua submissa. A cena é bem construída e me surpreendeu pela decisão de Ana sobre um convite do Sr. Grey. Em contrapartida, uma das últimas cenas do filme em que Ana descobre um segredo de Christian que, quando assisti pela primeira vez, ficou um pouco confuso para entendê-lo, mas ao assistir mais duas vezes, ficou claro o que ele quis dizer, foi um pouco entediante de assistí-la até o final e me deixou chateado pela protagonista. O desfecho foi um ponto alto do filme e, ao ler outras resenhas, percebi que muitos não gostaram dele. Porém, eu achei o melhor desfecho que poderia ter já que outros dois filmes acontecerão.
Engraçado, criativo e apaixonante, 50 tons apenas falha pelas cenas dramáticas entre os personagens e a falta da melhor exploração das cenas de sexo.
NOTA:
7,5
CONSIDERAÇÃO FINAL

Uma imagem vale mais que mil palavras

"Se você fosse minha, Anastasia, ficaria uma semana sem sentar". Grey, Christian.

Nota mental: No primeiro jantar que você levar sua namorada para conhecer sua família, deslize sua mão na direção mostrada acima enquanto ela conversa com sua mãe
3/4
